Foi duro, mas três ouros chegaram para o Brasil depois de alguns deslizes de esperanças de brasileiros a chegarem ao lugar mais alto do pódio. Só depois de uma semana de competição, a tão sonhada medalha dourada chegou para a alegria geral da nação!
E a primeira brasileira a escutar que "Ouviram no Ipiranga as margens plácidas" foi Bia Souza, judoca de Itariri (SP), na categoria acima de 78 kg. Só nos resta parabenizar a jovem que terminou a sua primeira olimpíada no ponto mais alto do pódio e com mais de três milhões de seguidores no Instagram. As marcas que fiquem de olho!
Já a segunda medalha teve um gostinho maior que de vitória, visto que a ginasta Rebeca Andrade superou a estadunidense Simone Biles na ginástica artística, na competição do solo. E ontem, dia 9, vibramos com Duda e Ana Patrícia do vôlei de praia. Resumidamente, as olimpíadas para nós, foi dAs brasileirAs!
Mas o foco do texto antes dos lançamentos, será um pouco mais extenso, e é sobre a postura da Comissão Olímpica Internacional (COI) quando o tema é manifestação religiosa. Tanto é que não vou assistir ao encerramento das Olimpíadas e não algum compromisso, e sim, porque não quero!
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris no dia 26 de julho e a advertência feita à Rayssa Leal após a conquista da medalha de bronze no skate - street, serão dois fatos (infelizmente) históricos. Com isso, só posso refazer a célebre frase de São Paulo em sua primeira Carta aos Coríntios e que dá título neste Listas e Lançamentos: "RELEITURAS são permitidas, mas MANIFESTAÇÕES não convém!"
Tinha tudo para ser uma linda e histórica abertura de Jogos Olímpicos na dita cidade luz, que pela segunda vez recebeu os jogos de verão. Mas a incabível apresentação dos personagens estadunidenses Minions que terminou com a Monalisa boiando no rio Sena; as tristes manifestações à apresentação da cantora Aya Nakamura; a tentativa de meme, que virou piada racista de péssimo gosto, feita na página do X (Twitter) do Ministério dos Esportes comparando os brasileiros a macacos; e no fim, a nossa delegação entrou com um uniforme muito criticado nas mídias sociais, criado pela loja Riachuelo.
Com tudo isso, qualquer um já diria que a festa virou velório, mas teve um episódio muito pior. E foi em uma tal dita releitura de outra criação de Da Vinci, dessa vez o quadro "A última ceia", onde artistas da comunidade LGBTQIAP+ representavam Jesus e os discípulos, além de outros quadros também representados pelos artistas e recriados pelos organizadores da festa. O que Dionísio acharia disso?
Para o COI, que organiza os jogos, a ideia era uma repaginada na arte para inclusão e chegada da contemporaneidade, mas que não foi nada mais, nada menos do que uma infeliz tentativa de mexer com o clássico.
Prontamente cristãos se revoltaram e mostraram indignações em suas mídias sociais, outros disseram que esses eram homofóbicos exaltados e que a arte de Da Vinci já havia sido retratada por outras lentes, como no caso da série Lost, para citar uma das vezes que isso aconteceu.
Mas seja em qual for o caso, mexer com o que é Sagrado para um, é um ato de intolerância religiosa sim e quem mede isso, é quem se sentiu humilhado. E da mesma forma que meu coração se fere ao ver imagens do caso de Sérgio Von Helder, em 12 de outubro de 1995, ao chutar uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, ele se feriu na abertura dessas olimpíadas.
E poucos dias depois disso, quando as coisas começavam a se acalmar a torcida pelos atletas brasileiros começavam, a pequena notável Rayssa Leal levou o bronze no skate street feminino e fez a sua tradicional comemoração ao dizer em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, "Jesus é o caminho, a verdade e a vida", o Comitê Olímpico Brasileiro foi notificado pelo ato de atleta, pois segundo a Carta Olímpica, documento com regras sobre o que é ou não permitido nos jogos, em sua norma nº 50, não permite que atletas realizem manifestações políticas, raciais ou religiosas em momentos como competições, comemorações e cerimônias.
Mas quem nunca teve uma emoção gigante em sua vida e quis manifestar sua gratidão a quem quer que seja?
Tanto é que comemorações no esporte são por vezes históricas, como o caso de Bebeto na Copa de 1994, Cafu em 2002 e Ronaldo que volta e meia elevava as mãos e correndo, olhava para o céu depois de gols históricos.
Com o ato de refazer o quadro de Leonardo Da Vinci durante a abertura, a regra 50 deveria cair na edição e nossa skatista, ser livre para realizar seu gesto sem advertências. Mas com isso, sabemos que o COI tudo pode, mas os atletas não!
A torcida é para que em 2028, em Los Angeles, muçulmanas possam usar Hijab, judeus o kipá e Rayssa Leal comemorar NO PÓDIO (de preferência, no lugar mais alto) que Jesus é o caminho a verdade e a vida!
Com isso, indico aqui cinco lançamentos Católicos para espalhar um pouquinho de fé no nosso blog:
A grande história da humanidade ganha uma versão por meio da narrativa gráfica, característica das histórias em quadrinhos. Os textos são extraídos principalmente do Evangelho de São João e apresentam, a partir das memórias do personagem Caleb, os fatos mais importantes da vida de Jesus, de forma com que os leitores se sintam imersos nessas histórias.
Na construção da obra, o autor, por vezes, sintetizou os textos bíblicos originais para ampliar o poder de compreensão dos leitores. Contudo, Olivier respeitou o sentido de cada um dos escritos sagrados.
Gênero: HQ | 184 páginas | Adquira seu exemplar
O novo livro "Antes ainda de Nossa Senhora – Maria Segundo os Evangelhos", da PAULUS Editora, é escrito pelo teólogo Frei Alberto Maggi e faz parte da coleção "Bíblia Hoje". A obra apresenta Maria sob a ótica dos quatro evangelistas, desmistificando os títulos devocionais e revelando uma mulher forte e corajosa. O autor explora questões sobre a verdadeira identidade, vida diária e dificuldades de Maria. Maggi alerta sobre os riscos de retratar Maria sem base bíblica, evitando a distorção de sua imagem. Destinado a religiosos e estudiosos, o livro oferece uma visão fundamentada na Sagrada Escritura. Maggi, teólogo e biblista, dirige o Centro de Estudos Bíblicos G. Vannucci e tem outras obras publicadas pela PAULUS.
Gênero: Teologia | 120 páginas | Adquira seu exemplar
O livro traz um encontro imaginário entre o papa Francisco e São Francisco de Assis na lavanderia do Vaticano, criada pelo pontífice em 2017 para a população de rua. O texto, originalmente uma peça de teatro, aborda um diálogo profundo e filosófico entre os dois religiosos sobre as inquietações do mundo. O papa, angustiado com a violência e o egoísmo da humanidade, encontra consolo nas palavras de fé e esperança do santo. Chalita constrói uma narrativa que convida à reflexão sobre nossos atos e a possibilidade de melhoria pessoal, destacando a paz, humildade e otimismo de São Francisco, que prefere permanecer como um "humilde homem das ruas" apesar do convite do papa para se tornar cardeal.
Gênero: Romance | 128 páginas | Adquira seu exemplar
"Maria, mulher de nossos dias", do Venerável Dom Tonino Bello, lançado pela Paulinas Editora, reinterpreta a Mãe de Deus como uma figura contemporânea. O sucesso na Itália agora chega ao Brasil, oferecendo uma visão única e contemplativa de Maria. Dom Tonino desafia as devoções tradicionais com uma mistura de louvor e exortação, ancorando Maria na vida cotidiana e convidando-nos a um novo olhar sobre o mundo, Deus e os outros. Ele apresenta Maria como uma companheira de jornada, familiarizada com as alegrias e dores humanas, através de títulos como "mulher do cotidiano", "mulher grávida", e "mulher corajosa". Esta obra poética e simbólica inspira os leitores a ver a santidade e a humanidade em Maria e em si mesmos, promovendo uma reflexão profunda e contemporânea sobre a fé.
Gênero: Teologia | 160 páginas | Adquira seu exemplar
O padre José Carlos Pereira lança "Puxa Conversa Catolicismo" pela Matrix Editora, um livro-caixinha com 100 perguntas para estimular o diálogo e a reflexão sobre a fé católica. Com perguntas como "Como você acha que é Deus?" e "Qual seu(sua) santo(a) favorito(a)?", a obra aborda diversos aspectos da crença e permite o compartilhamento de experiências pessoais. Destinado a grupos de estudos bíblicos e catequeses, o livro promove o crescimento pessoal e espiritual, sem respostas certas ou erradas. Através do diálogo, busca aprofundar a conexão com a fé e fomentar respeito, empatia e cooperação entre pessoas com diferentes visões de mundo.
Gênero: Entretenimento (Livro-caixinha) | 100 páginas (cards) | Adquira seu exemplar
Abraços Literários,
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