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Prêmio Juca Pato chega em sua reta final | Intelectual do Ano 2021

Conheça o tradicional prêmio que escolhe o escritor intelectual do ano


O personagem Juca Pato foi criado pelo jornalista Lélis Vieira e imortalizado pelo ilustrador Belmonte. Durante anos, o personagem assinava uma coluna no jornal Folha da Noite, atual Folha de S. Paulo.


Careca e com óculos, o personagem representava o escritor intelectual brasileiro e por diversas vezes trazia críticas sociais em sua coluna.


Em 1962, a UBE (União Brasileira de Escritores) criou o prêmio com título do nome do personagem, a partir de iniciativa do escritor Marcos Rey. O principal objetivo do prêmio é realizar a eleição da personalidade a quem caberá o título de “Intelectual do Ano”, conferindo-lhe o Troféu Juca Pato.


O Prêmio Intelectual do Ano não é um prêmio literário, mas uma láurea conferida à personalidade que, havendo publicado livro de repercussão nacional no ano anterior, tenha se destacado em qualquer área do conhecimento e contribuído para o desenvolvimento e prestígio do País, na defesa dos valores democráticos e republicanos.


Na edição de 2021, primeiro o público em geral pode opinar em quem deveria receber o prêmio, onde 33 autores foram indicados. Posteriormente os diretores da instituição escolheram os cinco finalistas e agora a escolha é feita pelos sócios da UBE.


Conheça agora os autores intelectuais que concorrem ao título:


Carlos Nejar

Poeta, ficcionista, crítico, nasceu em Porto Alegre (RS), em 11 de janeiro de 1939.

Membro da Academia Brasileira de Letras, é o quinto ocupante da cadeira nº 4, eleito em 24 de novembro de 1988, na sucessão de Vianna Moog, foi recebido em 9 de maio de 1989 pelo Acadêmico Eduardo Portella.

Publicou seu primeiro livro em 1960, Sélesis (poesia). No ano passado publicou o livro A tribo dos sete relâmpagos, pelo Life Editora.


Laerte

Cartunista, ilustradora e roteirista, é uma das mais importantes cartunistas do Brasil. Criadora de personagens emblemáticos como os Piratas do Tietê, Hugo Baracchini e Overman. Com um humor ao mesmo tempo refinado e mordaz, explora temas relevantes da existência humana.

Jonalista formada pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, também cursou música na mesma instituição, onde criou a revista experimental Balão (1972).

Em 2009, assume sua transgeneridade e vincula-se a movimentos dedicados ao debate sobre o tema. Além de criar o personagem Hugo, que vivencia os mesmos questionamentos e se estabelece em uma nova série como Muriel, problematizando situações cotidianas de travestis.


Lilia Moritz Schwarcz

Paulistana, é historiadora e antropóloga, é professora titular no Departamento de Antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton.

É autora de, entre outros livros, O espetáculo das raças (1993), As barbas do imperador (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), Brasil: Uma biografia (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e Lima Barreto: Triste visionário (2017, prêmio Jabuti de Biografia).

É colunista do Jornal Nexo, curadora adjunta do Masp e mantém de forma ativa suas mídias digitais, em especial o instagram (@liliaschwarcz) onde atualmente traz diversas críticas ao atual governo.

https://www.instagram.com/liliaschwarcz/


Nélida Piñon

Carioca, descendente de Galegos, desde criança escolheu o oficio da escrita. Ainda muito menina escrevia pequenas histórias e as vendia ao pai e familiares. Formou-se no curso de Jornalismo, da Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Com vasta bibliografia suas obras foram traduzidas em mais de 30 países, e contemplam romances, contos, ensaios, discursos, crônicas e memórias.

Quinta ocupante da Cadeira 30, eleita em 27 de julho de 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda e recebida em 3 de maio de 1990 pelo Acadêmico Lêdo Ivo. Em 1996-1997 tornou-se a primeira mulher, em 100 anos, a presidir a Academia Brasileira de Letras, no ano do seu I Centenário.

Publicou seu primeiro livro em 1961, o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo. Em 2020, lançou o livro Um dia chegarei a Sacres, pela Editora Record.


Patrícia Campos Mello


Paulistana, é formada em jornalismo pela USP e mestre em Business and Economic Reporting pela NYU. Foi correspondente em Washington do jornal O Estado de S. Paulo e atualmente é repórter especial e colunista da Folha de S.Paulo.

Em sua carreira, recebeu diversas premiações, a se destacar Prêmio Folha de Jornalismo, em 2018 e Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, no ano seguinte.

Seu primeiro livro publicado foi O mundo tem medo da China? Nós também., da editora Terceiro Nome e em 2020, publicou A Máquina do Ódio, pela Companhia das Letras.


 

Em 2020, o líder indígena e ambientalista Ailton Krenak foi eleito o intelectual do ano e em cerimônia virtual recebeu o prêmio Juca Pato.


Assista como foi a premiação:


As votações dos sócios irá até o próximo dia 17 e o resultado será anunciado até dia 23 desse mês.


Caso queira fazer parte dessa história e dar o seu voto, é necessário ser um escritor associado ativo à União Brasileira de Escritores.


Se você como eu, é escritor e deseja se associar? Acesse o site da UBE e saiba como pode se juntar aos escritores do Brasil (www.ube.org.br).


Caricaturas: Gabriel Groke

Fontes: Almanaque Folha, União Brasileira de Escritores, Academia Brasileira de Letras, Itaú Cultural, Companhia das Letras, site pessoal de Lilia Moritz Schwarcz


Abraços Literários,


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