Autor Juan Molina publica obra que revela a faceta questionadora de Cristo
Livro “O Mestre das Perguntas” oferece orientações preciosas sobre temas como culpa, ansiedade, luto, medo e sofrimento
Escritor, médico e teólogo especialista em história das religiões, Juan Molina utiliza as perguntas feitas por Jesus Cristo como ponto de partida para uma obra que trata de temas intimamente relacionados à condição humana.
O título O Mestre das Perguntas aponta o filho de Deus como o maior pedagogo da história, destacando a força reflexiva por trás de cada questionamento realizado por Ele.
Ao longo das páginas, Molina aprofunda 17 perguntas que revelam a faceta questionadora de Cristo e oferecem palavras de conforto sobre temas como culpa, ansiedade, luto, medo e sofrimento.
Abaixo, você confere uma entrevista especial com o autor Juan Molina sobre os assuntos abordados e a relevância da obra. Boa leitura!
1. Quando e como surgiu sua paixão pela escrita?
Juan Molina: Em 2012, tive o clique em me aventurar na escrita por uma necessidade muito pessoal em torno do tema da morte. Era pré-adolescente quando minha mãe, aos 37 anos, faleceu por uma doença cardíaca crônica diagnosticada tardiamente. A morte, como uma intrusa, usurpou a pessoa que era meu referencial de vida. A partir desta experiência, passei a ter medo da morte de uma forma desproporcional, fato que me acompanhou por muitos anos. Boa parte da razão em ter cursado medicina e teologia decorre da necessidade de lidar com a morte como uma experiência inevitável. O meu primeiro livro “Morte, o maior dos Medos”, de 2015, iniciou minha paixão pela escrita. Este livro, que me absorveu por cerca de três anos, foi uma terapia particular para processar o medo da morte e vencer finalmente tal condição atormentadora.
2. Por que você decidiu entre tantos gêneros escrever este? Teve algum escritor ou escritora como inspiração?
Juan Molina: Há mais de 40 anos dedico-me a ler e meditar o livro mais lido em todo o mundo: a Bíblia. Ao ser estudada com afinco, percebe-se que ela permeia todos os temas relacionados com a existência humana. Por essa razão, além de minha paixão pela medicina, ciência que trata de cuidar das doenças físicas humanas, fiz teologia por tratar essencialmente de cuidar das doenças emocionais e espirituais. No vasto campo da teologia, o personagem central sem sombra de dúvida é a pessoa de Jesus Cristo. Tenho um livro publicado “Quem é este?”, que discorre exclusivamente em avaliar os desdobramentos históricos de formulações a respeito de quem Ele é. A mente humana não é capaz de defini-lo. Por isso, tornou-se para mim vital e fascinante investigar e meditar a seu respeito.
3. Como surgiu a inspiração para criar este livro? Qual foi a motivação?
Juan Molina: O livro tem como premissa a arte de ensinar. A vocação do ensino é a mãe de todas as demais vocações, já que todas estas, para o devido desenvolvimento, não podem fazê-lo sem haver recebido uma boa dose de instrução prévia. Nada é mais prejudicial do que a falta de conhecimento. O professor deveria ser reverenciado por ser justamente aquele que tem a missão de instruir, de fornecer conhecimento, de construir pilares sustentadores da vida. Lecionei por dois anos a disciplina de “História do Cristianismo” e tal experiência despertou em mim uma paixão crescente pela relação empática professor e aluno. Meu envolvimento foi tão grande que fui eleito o melhor professor da Teologia e, meus alunos, escolheram-me como nome de turma na formatura. Todos têm algo para ensinar, entretanto, somente os mestres, nascidos para tal missão, é que detém o “gene” que os qualificam para ensinar com relevância. O mestre é aquele que faz toda a diferença na vida do discípulo. Daí surgiu a motivação para destacar o ensino de Jesus Cristo, mestre dos mestres. Jesus de Nazaré foi o maior pedagogo da história. O livro O Mestre das Perguntas visa realçar a beleza do ensino de Jesus Cristo, como uma viagem fascinante pela sua metodologia em transmitir a mensagem que mudou a história.
4. Qual é a principal mensagem que a obra traz aos leitores?
Juan Molina: Jesus Cristo ao ensinar era extremamente criativo. Entre as maneiras pedagógicas de instruir, costumava fazer perguntas. Ele fez mais de 150 perguntas diferentes registradas nos Evangelhos. Certamente não as fazia a fim de obter informações e, sim, provocar uma situação de reflexão, de fazer os ouvintes pensarem, e a partir daí, trazer um ensino profundo e transformador. A principal mensagem é que Ele e a mensagem eram um só. Professores que não se conectam com o conteúdo do ensino, deixam a desejar. Diria que Ele era a própria mensagem em si. A motivação de Jesus não era meramente trazer conhecimento intelectivo. A mensagem destinava-se ao coração, ou seja, um ensino capaz de produzir mudanças significativas para a vida. Ao separar as 17 perguntas mais instigantes feitas por Jesus de Nazaré, podemos aprender mais sobre temas como identidade, ansiedade, culpa, fidelidade, política, sofrimento, esperança, amor, e etc. são apresentados. Nesse sentido, a obra é original. Não há sequer um livro neste segmento com tal abordagem. Pelo menos, até onde pude pesquisar com afinco.
5. Os temas tratados no livro foram inspirados em sua vivência?
Juan Molina: Certamente. A busca de significado para a vida. Não faria o menor sentido tratar de temas que não estivessem ligados nas juntas e medulas da existência. Os dramas por mim vivenciados tanto na clínica no envolvimento com os pacientes, na família, e também no campo pastoral, são a fonte de inspiração.
6. Você fez alguma pesquisa para escrever o livro? Quanto tempo levou para escrevê-lo?
Juan Molina: Muita pesquisa. Faço várias citações na obra de mais de trinta escritores que enriquecem seu conteúdo. Escrevi o livro em um ano, tendo como aliada para o menor período de tempo a pandemia. Ficar em casa contribuiu significativamente para a produção do livro, além de minha nova agenda de trabalho como médico, em ter todas as tardes “livres” para outras atividades além da medicina.
7. Você escreveu essa obra pensando em qual público-leitor?
Juan Molina: Pode parecer à primeira vista destinar-se ao público cristão, entretanto, minha intenção e perspectiva, pelos temas tratados, é despertar interesse de um público maior, incluindo agnósticos e ateus.
8. Na sua opinião, quais são os desafios de ser escritor no Brasil?
Juan Molina: Primeiramente, é saber que nosso país, segundo as estatísticas, possui uma média de leitura bem inferior a outros países. O escritor contemporâneo está em desvantagem em relação aos autores do passado pela mudança de comportamento do ser humano. Nossa geração é do tipo “instantânea”. Com isso quero dizer, superficial, consumidora de informações curtas, atrelada a uma tecnologia que ameaça o desinteresse crescente pela leitura de livros, sobretudo o livro físico. O segundo desafio é: como o escritor pode se tornar conhecido? Além de produzir uma obra relevante que desperte o interesse, segundo meu amigo particular, o renomado escritor Augusto Cury, é o de conseguir publicar sua obra por uma grande editora. Perseverança é uma condição fundamental para ser escritor no Brasil, e, se puder não depender financeiramente, muito melhor. É o meu caso. A Medicina me fornece o suporte financeiro; escrevo por puro prazer e desejo de contribuir, deixar um legado.
9. Além desse lançamento, você pretende publicar outros livros? Quais são seus próximos projetos?
Juan Molina: Pretendo sim. Atualmente estou em um projeto para mim muito desafiador e novo: escrever um romance. Já escrevi umas cinquenta páginas e tem sido muito gratificante e até divertido. O título do livro será “Castelo de Conchas”.
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Fonte: LC Agência de Comunicação
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