Quando o filho escreve sobre a mãe...
Primogênito da cantora, considerada por muitos a melhor intérprete brasileira de todos os tempos, João Marcello, fruto do relacionamento de Elis com Ronaldo Bôscoli, tinha a idade exata do subtítulo do livro quando Elis morreu, no dia 19 de janeiro de 1982. A partir daí, ele viu precocemente sua vida “desmoronar”, como descreve no livro.
Longe dos irmãos, Pedro Mariano e Maria Rita, que haviam partido com o pai, Cesar Camargo Mariano, e vendo as pessoas mais queridas e próximas se afastarem, João Marcello narra os sentimentos de dor, desilusão e ausência de rumo que sucederam a morte. “Fiquei meio à deriva, parecendo uma criança mais velha colocada para adoção; aquelas que quase ninguém quer”, ele escreve.
Com carinho e admiração, João Marcello reconstrói a Elis que ela foi aos seus olhos. Destaca, por exemplo, a sede por repertório que alimentava o espírito de cantora tanto quanto a casa da família e as questões cotidianas. Em tom afetivo, revela episódios cômicos, outros mais tocantes e compartilha não só suas lembranças da infância e detalhes de sua relação com Elis, mas também como sua vida se transformou após a perda.
O prefácio é assinado por Rita Lee e a quarta capa com texto do jornalista e crítico Nelson Motta.
Nota: Podem me dar de presente de aniversário ou Natal (risos).
Comentarios