Inspirada no livro-reportagem Todo Dia a Mesma Noite, de Daniela Arbex (Intrínseca), a Netflix acaba de estrear nessa segunda-feira, dia 25, a série de mesmo nome. A montagem conta em cinco episódios e narra o drama do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que deixou 242 mortos. Em 2023, a tragédia completa dez anos.
Paulo Gorgulho, Debora Lamm e Thelmo Fernandes estão no elenco da série, que conta com Julia Rezende na direção e algo interessante foi que a autora do livro foi consultora durante a criação e as filmagens da série.
O livro foi lançado em 2018 e surgiu após um longo trabalho de campo da jornalista Daniela Arbex que entrevistou mais de 100 pessoas da cidade e que reconstrói o dia do incêndio, as vidas afetadas de quem ficou: famílias, amigos, sobreviventes, entre outros; e por fim, narra as irresponsabilidades dos culpados pela tragédia.
Confira agora a sinopse da série Todo Dia a Mesma Noite (Netflix):
Saiba mais sobre o livro Todo Dia a Mesma Noite, de Daniela Arbex (Intrínseca):
Ao reconstituir de maneira sensível e inédita os acontecimentos da madrugada de 27 de janeiro de 2013, quando a cidade de Santa Maria perdeu de uma só vez 242 vidas, Daniela Arbex constrói uma obra que homenageia as vítimas e dá voz aos envolvidos em um dos episódios mais estarrecedores da história do país.
Daniela Arbex produziu um memorial para as vítimas dessa noite tenebrosa, que nos transporta até o momento em que as pessoas se amontoaram nos banheiros da Kiss em busca de ar, ao ginásio onde pais foram buscar seus filhos mortos, aos hospitais onde se tentava desesperadamente salvar as vidas que se esvaíam. A autora também foi em busca dos que continuam vivos, dos dias seguintes, das consequências de descuidos banalizados por empresários, políticos e cidadãos.
A leitura de Todo dia a mesma noite é uma dolorosa e necessária tomada de consciência, um despertar de empatia pelos jovens que tiveram o futuro barbaramente arrancado. Enxergá-los com tanta vivacidade no livro é um exercício que afasta qualquer apaziguamento que possamos sentir em relação ao crime, ainda impune.
Abraços Literários,
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