Opinião Pública | Carlos Lupi, eu já vi esse filme!
- Blog Vida de Escritor
- 3 de mai.
- 2 min de leitura
Mais um capítulo da velha novela da má gestão pública foi escrito. Desta vez, com um personagem já conhecido: Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência Social do governo Lula, está na cena de um escândalo de corrupção no governo federal.

Imagem do Instagram de Carlos Lupi
A semana ficou abalada para o governo Lula após o escândalo de fraudes no INSS, em que descontos indevidos estavam sendo realizados. Auditoria mostra que R$ 4,28 bilhões é a soma de um rombo na Previdência Social entre os anos de 2019 e 2024, conforme apurado pelo Estadão de ontem (4). Com o escândalo, o agora ex-ministro Carlos Lupi, presidente até então afastado do PDT, pediu demissão do cargo. Tudo isso para não ouvir um novo meme sair da boca de Lula, como um “Tchau, querido!”.
Ainda que a fraude tenha começado na gestão anterior, o que chama atenção é que não é a primeira vez que Lupi protagoniza escândalos em governos petistas. Em 2011, o político era ministro do Trabalho e Emprego de Dilma Rousseff e foi demitido após denúncias de irregularidades e favorecimentos para Organizações Não Governamentais (ONGs). Em discurso, pouco antes de sua demissão ser anunciada, ele disse algo em um dos primeiros virais da internet, ao soltar um “Eu te amo” para a ex-presidente.
Dessa vez, o erro de Lupi foi empurrar para debaixo do tapete o erro da gestão anterior. Mas como eram inúmeras notas de dinheiro, só varrer a verdadeira sujeira e deixar tudo na recepção do ministério foi um equívoco de principiante, fazendo com que qualquer auditor encontrasse a bolada desviada. Mas será que o “capitão do povo”, tão querido pelos mais pobres, como o líder do governo anterior, não sabia disso? Pois embolsar tal quantia, ou parte dela, seria impossível para alguém que recebeu esse apelido. Tal apelido só poderia ter vindo na cabeça do marqueteiro de sua campanha de 2022.
O que fica aqui é a reflexão: até quando o PT, que dizia que 2025 seria “ano de colheita” e Lula afirmava que 2026 já começou, sustentará que o lugar de alguns aliados é um ministério e não outro lugar?
A pergunta que fica é se teremos mais nomes caricatos e figurinhas repetidas na política nacional. Infelizmente, os cabides de emprego e a troca do apoio de uma bancada de deputados ainda valem muito. Depois dos aposentados e pensionistas, quem será o próximo grupo de classe baixa a pagar a conta?
Abraços Literários,

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