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Resenha: Vende-se Este Futuro – Bruno Miquelino

Quem aí já viu algum filme do cinema preto e branco?

Quem se lembra de um personagem baixinho, que usava chapéu típico das primeiras décadas do século XX e uma bengala, calças largas, pele beeeeeeeem branca, olhos arregalados??

Ainda não matou a charada?

Para terminar... Usava também um bigodinho grosso, mas curto dos lados parecido com o de Adolf Hitler.

E aí??? Decifrou?

Falo de ninguém mais, ninguém menos que Charles Chaplin. E essas características são de seu personagem Carlitos, personagem clássico do cinema.

No livro “Vende-se Este Futuro” de Bruno Miquelino, o senhor Chaplin é personagem importante, não o protagonista, mas em torno dele é que a história acontece.




Na década de 1920, o ator rodava o filme “O Circo”, que contava a história de um rapaz atrapalhado que estava no lugar errado e na hora errada e acaba por parar no picadeiro de um circo e de tão atrapalhado que é, faz com que o dono do picadeiro queira contratá-lo como atração principal.


Mas... Vamos falar do livro rs


Beatriz Prata trabalha na empresa Déjá Vu, empresa especializada em viagens no tempo, que leva pessoas de suas vidas para uma nova rotina.

A moça mora em São Paulo no ano de 2112 e trabalha na Déjá Vu a cinco anos. A empresa tem funcionários que trabalham no passado e procuram pessoas que cansaram de suas rotinas, por as acharem cansativas, exaltantes, enfim.

Sabe aquela morte do artista, político, celebridade, que ninguém explica? Ou aquele outro que simplesmente sumiu dos holofotes? E ainda aquele que está em cena, mas parece outra pessoa? Provavelmente ele vive em outra época, pois contratou os serviços da empresa onde Beatriz e seu fiel companheiro Thiago trabalham e para isso, essa personalidade pagou um preço altíssimo em barras de ouro, que como diz aquele apresentador daquele programa de televisão: “Que valem mais do que dinheiro”.


Chega então uma nova viagem para Beatriz. Onde o contratante é ninguém mais, ninguém menos que o gênio Charles Chaplin. Acontece que ao querer levá-lo embora, ele não aceita! Diz que não contratou nenhum serviço do tipo e Beatriz fica sem saber o que fazer.

Nisso, ela usa seu celular temporal para falar com seu chefe e com Thiago e nisso é filmada por uma câmera e aparece em um filme quase duzentos antes de sua época!



Imagem do filme "O Circo" de 1926. Mulher ao celular em imagem do filme. No livro, ela é Beatriz Prata.

Daí inicia-se a história e toda a trama!

Beatriz tem apenas dois dias para sair dali com Chaplin ou ficará presa no tempo.

Será que ela está enrascada? Sim ou claro?

Ao investigar o que aconteceu que Chaplin não quer ir e diz não ter contratado a Dèjávu, a moça descobre que seu inimigo é muito maior e poderoso do que ela imagina e não é apenas um e sim toda um equipe!



Observei que o livro é muito bem escrito e a história muito bem construída. O autor foi feliz e soube muito bem dosar e dividir as cenas da obra. Senti falta apenas de cada capítulo ter no máximo uma cena. Mas a história é emocionante do início ao fim.

Conheci Bruno Miquelino na Bienal do Livro de São Paulo de 2018. Sem dinheiro para comprar o livro, já estava no fim da minha feira, rsrs não levei! Ao voltar na Bienal outro dia, ele não estava lá. Comprei de aniversário para mim mesmo no fim no ano passado e não me arrependo!

É possível observar características típicas da profissão do autor intrínsecos no decorrer do livro, ele é formado em Relações Internacionais. Tais como: câmbio, importância da língua inglesa e as relações entre países.

Sonho em poder levá-lo no #papocomescritor aqui do blog, pois ficaram mil perguntas na minha cabeça rsrs


Por hoje é isso!

Bora comprar, pedir emprestado, ler o e-book, efim, mas bora ler esse livro show de bola???

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